07/12/2012

Vinil

Lado A

1. (.......)
2. Assédio Moral


3. (.........)



4. Tentando colocar a cabeça acima da boiada (por Bruno Rampone e Batata)












5. Quadrinhos de Revolta (por Bira Dantas)

Selo "Quinto dos infernos"
O Quarto Mundo morreu. Viva o Quinto dos Infernos.
Viva a revolta, a intranquilidade dos que não entregam o jogo, nem fazem o jogo do contente, muito menos o da esposa traída.
Queremos que esta revista tenha uma pegada sindical, esquerdista, anti-sistema, intolerante. Esta revista (por enquanto será um PDF digital, no futuro, quem sabe… impress a na gráfica revolucionária do Marcatti?) visa denunciar a exploração, escancarar a miséria, desnudar a Mídia que continua fazendo a cabeça dos que acham que são cabeças-feitas.
Essa revista vai ter charge, cartum, quadrinhos, foto, texto, poesia… de guerrilha. Mas Guerrilha cultural, que aqui nossas armas são outras, que não tiram vidas, mas expõem feridas.
O velho Sistema continua aí, firme e forte, dominando tudo. Ou quase. A internet representou um avanço na democratização da comunicação, mas não nos iludamos. A web faz parte das teias desta Super-aranha, que a todos envolve, que a todos tenta enganar com belas frases vazias do maldito bom-senso comum.
A web envolve aquele que diz querer "tudo ou nada", mas contenta-se com "qualquer coisa", desde que este ou aquele -mais ou menos graúdo- pague pelo seu crime, ou quase isso.
Queremos mais. Queremos mostrar que a merda é muito maior do que aparenta, que muitos dos neo-revolucionários (bem alimentados e sentados em frente ao seu i-Mac) sentem -se paladinos da justiça. Paladinos de meia pataca é o que são.
Nesta Revolta chamamos chargistas, cartunistas, quadrinhistas, pensadores que não se vangloriem de ter seu trabalho no Blog daquele articulista "ixperto" e bem pago pelo PIG (Partido da Imprensa Golpista, segundo Paulo Henrique Amorim).
Nesta Revolta queremos aqueles que se enojam ao ver sua charge publicada em revistas de sarjeta, como veja.
Nesta Revolta queremos saber o que é uma fábrica ocupada há anos. Como funciona?
O que é uma nação arrasada. O que resta?
O que é não ter o que comer ontem, hoje, nem amanhã… O que se sente?
O que é saber que a mão do delinquente que mata por uma pedra de crack é a mesma do refinado que visita a Europa todo mês, e que deposita seu recheado Caixa 2 -que o STF nunca irá investigar- em paraísos fiscais?
O que é perceber nas notícias lidas por marionetes travestidos de jornalistas, a mão do Big Brother do Ocidente, loiro e olhos azuis?
BASTA!
Se você sente esta Revolta, este é seu lugar! Chame para o Coletivo Quinto dos Infernos outros que pensem igual.
Mas se você quer a pasmaceira de sempre, se acha que está fazendo a sua parte ao "curtir" e compartilhar um post no Facebook…
CAI FORA! 
Esta não é a sua praia.
A sua praia, ahhh… essa vai ser invadida!
pra ler mais entre em AQUI

6. (......)
7. (.......)
8. A gente também se parece (por Crocomila)

9 . Sites e blogs e zines indicados nesse lado A

http://www.eparreh.net/
Grupo de estudos e práticas ambientais de SP. Caiu um zine deles na minha mão aqui em Fortaleza muito bom. Ensina como fazer uma horta vertical, por exemplo. Também como fazer uma casa auto-sustentável de fato, não como pregam as grandes empresas poluidoras em suas publicidades de merda.

http://jornaldoporao.wordpress.com/
Meu amigo Mário organiza um site onde se fala de tudo. Política, arte, contos, crônicas, música, fotos, vídeo, quadrinhos e etc...

http://anarcopunk.org/festival/
Festival que acontece no fim de semana dos dias 15 e 16. Destaco dois filmes que assisti, o sobre a Okupa Squat Toren, de Fortaleza, que vai ser sábado, dia 15, as 16:00h, na sala 1 e o Ciclovida, que vai ser sábado as 17:10 na sala 2.
http://zinesvirtuais.blogspot.com.br/
Muitos zines de Batata, Arthur Prado, Edurado Marinho, Fábio da Silva Barbosa, Deborah Gomes, Rafael Campos Rocha e etc...
http://observareabsorver.blogspot.com.br/
Blog com crônicas, artigos, quadrinhos e quadros de Eduardo Marinho, um cara que conheci em Santa Teresa e troquei uns dias de prosa.
O livro/zine "A saga do Jornalismo Livre", do Fábio da Silva Barbosa. Pra ler, escreva para ele no e-mail fsb1975@yahoo.com

Lado B

1.(......)


2. (........)
3. Uma tira que foi superada pelo tempo (publicada em 30 de julho de 2011 no finado blog Tiras da Miséria)

4. Mas sem perder a ternura jamais...


5. Morro Merda do Macaco (por Fernandão)


6. O Vômito (por Gabriel de Barcelos)

Certo domingo, Fenelon acordou mal. Lembrava vagamente de ter bebido muito e sentia cheiros estranhos em todo o seu corpo e roupa de cama. Sua cabeça girava e recebia, como numa marcha militar, tiros simetricamente espaçados em meio a esmagamentos torturantes. Localizava cada parte de seu cérebro, assim como cada pulsação, cada sinapse, que gritava a sua existência ao arrotar movimentos que poderiam ser telegrafados numa câmera lenta, percebidos em seu peso. Se agarrou mais uma vez ao lençol, ao travesseiro. Começou a chorar por sua desgraça, mas olhando o seu próprio ridículo, gargalhou alto. Tão alto que até a vizinha escutou. Repleto de suor e outros fluidos, arrancou a sua roupa com força e tentou, raivosamente, se masturbar. Sem sucesso, seu pau mole lhe olhava. Fenelon gostaria de se separar dele, mas aquela deveria ser a prova de sua impotência metafísica.
Não conseguia levantar, assistiu programas esportivos com jornalistas imbecis engraçadinhos, entrou na internet e, já no fim da tarde, louco para mijar, beber água e tomar banho, ele acordou. Sentia um cheiro podre e, depois de abrir a geladeira e tomar sua água, percebeu que a sua pia estava toda coberta de vômito. Não se lembrava de ter vomitado, mas eles todos estavam lá: o feijão, o arroz, o espinafre, o tomate, o bife. Todos boiando no molho rosa de um vinho barato, de texturas e formas diversas.
Depois de comer, beber e se lavar, resolveu voltar para a cama. Não conseguiu limpar a sujeira. Não possuía forças. A preguiça da ressaca se juntava a certa imobilidade de existir e à vergonha do que fez. Precisava arrumar a casa, mas não conseguia. Precisava voltar a estudar para o concurso, mas não queria. Preferia dormir e se entorpecer em sonhos vividos através de fragmentos cochilados.
Acordou na segunda-feira e se dirigiu novamente à cozinha. Depois de pegar água sanitária, sabão e pano, percebeu algo estranho. Estava com a ligeira impressão de que o vômito havia aumentado. Aquilo parecia absurdo! Novamente não conseguiu limpar e rastejou até a TV, onde viu um filme de cachorro na Sessão da Tarde. Pediu uma pizza, leu duas páginas da sua apostila e dormiu novamente.
Nos dias seguintes se negava a ir até à cozinha. Sofria com aquele cheiro ao lado que, mesmo com a porta fechada, anunciava seu fracasso como gente. Tentar começar a arrumação já era impossível e ele vivia com aquele transtorno, onde assumir a inércia para que tendia relinineamente era algo necessário. A crise entre “vontade” e “ação” invadia, de forma profunda, a sua reflexão. Imaginava a limpeza da cozinha e a sua casa toda arrumada. Depois o concurso que faria e passaria, a mulher com que se casaria, sua casa e crianças. Viveria feliz e com dinheiro. Tudo faria sentido. Faria muito sentido mesmo! E ali ficaria tranquilo, deitado e pensaria. Pensaria no cachorro que lambia seus pés enquanto a menina gritava: “paieeee! o Felipe tá mordendo minha orelha!” E pensaria novamente em tudo que fez. E pensaria no que lutou. E que tudo começou pela faxina da cozinha. E sentiria que estava cagando e andando para tudo aquilo. E não conseguiria mais sair da cama. E voltaria para onde estava.
Acordou novamente com um som estranho, de borbulhares. Correu para a cozinha e viu um cenário estranho e interessante. O vômito havia se espalhado por todo o cômodo e diversas bolhas se acumulavam, movimentando-se e estourando. Predominava um vermelho amarronzado, mas com alguns tons de verde, dos fungos e do amarelo geral. O cheiro era insuportável, quase como um soco no nariz. Mas Fenelon foi se acostumando até ficar viciado e gostar de estar somente na cozinha. Os dias foram se passando e a comida acabando. Fenelon percebeu que aquela gosma espalhada poderia se comestível. A sua vida foi se resolvendo e ficando retroalimentada. Cagava, mijava, bebia e comia, tudo no mesmo local. Sentia a totalidade de uma vida interligada, onde a sujeira já não importava mais.
O vômito foi se espalhando pela casa, grudando nas paredes, chão, teto. Sua casa parecia uma instalação artística, com cores psicodélicas, desenhos dos mais diversos. Fenelon sorria e se admirava. Abraçava o macio daquelas gosmas e ria de uma desgraça feliz.
Eis que um dia uma parte do vômito foi se descolando e tomando forma. Uma figura humanóide apareceu e se apresentou como Jarbas. Ele era baixinho e rosa, muito simpático, acabando por se tornar amigo de Fenelon. Eles jogavam vídeo-game, falavam mal das reportagens do Fantástico e batiam papos fora sobre as estranhices da vida.
Três semanas depois, no mesmo lugar, surgiu Félix. Bem maior e de cor verde, ele era uma  bonita e vistosa gosma. Era mais sério e discursava sobre política e filosofia. Fenelon adorava as suas palestras e se fascinava por aquela figura. Como não poderia deixar de ser, Jarbas sentia ciúmes e desdenhava. Tentava sabotar seu semelhante e, dizem por aí, tentou afogá-lo num pequeno laguinho alaranjado, ao lado do criado-mudo.
Mas a surpresa maior aguardava Fenelon numa quarta-feira. Ele acordou com uma voz feminina conhecida, que o chamava gritando. Sentada numa mesa da cozinha estava a sua ex-esposa, Dora. Ela parecia um zumbi mutante, formada por todo aquele vômito, mas, com certeza, era Dora! Lembrava da última vez que a havia visto, justamente naquele triste dia de rompimento..  foi a  viagem para Porto Seguro.
Agora ela estava lá!  Abraçou-lhe e disse que agora era a hora de recomeçar tudo. Com nojo inicial de beijar aquela boca fedida, logo cedeu e os dois passaram a viver uma nova lua-de-mel.
Uma quarta figura iria aparecer. Era terça de madrugada e Fenelon, Dora, Félix e Jarbas assistiam a um musical antigo no Corujão. Um pedaço de vômito grande caiu do teto, gerando grande susto. Os quatro observaram aquela metamorfose lenta, mas bela. Fenelon abraçou, quase como num transe, aquela pessoa que se formava. Intuía estar ali algo muito importante, que lhe encaminharia para algo parecido com a felicidade. Ele tinha razão. Era Thaíssa, seu grande amor!
Após o divórcio de Dora e a solidão, Fenelon viveu um estado semi-letárgico na cama. Em casa, sem vontade de sair, pensava se ia ou não ao cinema. Conseguiu tirar forças sabe-se lá de onde foi para uma sessão à tarde, onde conheceu uma menina de apenas 19 anos. De olhos tristes e voz mansa, se apaixonou perdidamente e entendeu seu universo antes mesmo de conhecê-la. Viveu um intenso romance de dois meses, onde ele tinha a certeza do fim próximo, da óbvia efemeridade da situação. Parecia claro que Thaíssa iria embora sem avisar, mais cedo ou mais tarde. Um triste óbvio de aceitação impossível!
Mas agora ela estava lá. Ela havia voltado! Ele a abraçou tão profundamente,  que esqueceu de uma Dora agora chorosa. Imersos naquela bolha, Fenelon e Thaíssa se fundiam, misturavam-se numa dança melada em meio ao vômito. Dora tentou ir embora, mas não conseguiu.
Dias depois, quando saíram os dois do casulo, não havia mais possibilidade de harmonia. A guerra se apoderara da casa. Brigavam Thaíssa, Dora, mas também Félix e Jarbas. O sangue e a violência foram extremos, intensificados pela possibilidade regenerativa dos órgãos dos habitantes da casa. Fenelon, que era exceção nestas qualidades mutantes e que não gostaria de se misturar, se isolava e falava com os outras pessoas pela internet. Procurava antigos amigos, lia sites de notícias e esquecia as quatro aberrações.
O ódio entre eles era tão intenso, mas tão intenso, que se transformou em orgia. Ao finalmente levantar da cadeira, Fenelon viu aquela cena bizarra, onde Félix enfiava seu pé e mãos modificados dentro da buceta de Dora. Enquanto isso, era chupado por Thaíssa. Eles se revezavam nas mais diferentes posições permitidas permitidas pela maleabilidade do material constituinte de seus corpos. Corado de inveja e ciúmes, Fenelon tentava desesperadamente entrar na brincadeira, mas não conseguia andar, pois o chão o impedia totalmente de chegar mais perto. Desesperado, gritava, pedia  socorro, mas não era ouvido. Foi, então até à cozinha e resolveu pegar uma batedeira, depois de muito mergulhar na confusão de pratos, eletrodomésticos e melecas. Conseguiu ligá-la e cortou toda a gosma, assassinando, sem dó, todos os quatro mutantes. Depois de consumada a chacina, resolveu ir dormir em cima dos escombros.
Tudo era calmo agora. Mas às quatro horas as consequências do ato libidinoso começaram a aparecer. Centenas de ovos surgiram espalhados pela casa e Fenelon, ensandecido, tentava quebrar e comer todos. Os filhotes horríveis iam irrompendo as cascas e se deslocando por banheiro, sala, quarto… Os bebês demoníacos começaram a atacá-lo com mordidas e arranhadas. Fenelon, sangrando, chorava alto, mas juntou forças para matá-los com a batedeira. Minutos depois dessa batalha, só havia restos mortais e vômito.
Fenelon caiu exausto, olhando todos os restos. Respirou fundo e tomou uma decisão. De forma surpreendente, Fenelon finalmente resolvia sair de casa. Enfrentava, depois de meses, a brisa e o frio sutil do sereno.
Deu um meio sorriso e foi mancando, todo cagado de vômito e ferimentos até o supermercado da esquina. Causando horror nas famílias e nos caixas, pegou o carrinho de supermercado e colocou todas as bebidas que caberiam. Espalhou as garrafas e começou a beber, num ritual que lhe deu toda a força para viver. Bebeu vidros grandes e pequenos, coloridos e transparentes, arrotou sentindo o cheiro do álcool que se misturava no sangue.
Depois de muitas e muitas horas, seu corpo foi ficando leve, como nunca antes havia experienciado. Estava confortável e pleno. Pensamentos eram esvaziados e ele finalmente vivia o presente, sem nada além. É quando finalmente se sente à vontade para expelir seu maior vômito, este agora inesquecível. Ele se mistura com todo o vômito da casa e, numa reação química não explicável pela ciência, todo o material flui em movimentos virulentos. A gosma o cerca e o acolhe, num último aperto.
Sorrindo, dá seu último gole, que esquenta a garganta. Ao terminar e fazer uma cara de satisfação, recebe o abraço final do mar de vômito, caminhando tranquilamente para a mais doce eternidade.

http://sessao.wordpress.com/


7. Lei seca de 2044

O ano é dois mil e quarenta e quatro. Instituíram a Lei Seca no Brasil. O consumo de álcool está proibido. Mas as fábricas da Ambev e da Kaiser/Heineken/Coca-Cola continuam produzindo cervejas a todo vapor. As fábricas de cachaça também. Ypioca, 51, Velho Barreiro, Pitu.

A polícia só da batida nos botecos da periferia.

8. Era o homem das 170 cicatrizes


9. Indicações desse lado B

O filme "Um método perigoso". Os psicanalistas Freud, Jung e Sabina Spielrein discutem, se analisam e trepam. Um filme que eu gostei muito.

O banda Patife Band. Paulo Barnabé e comparsas fumam Peiote, tão tensos tendendo ao suicídio, levam vida de operário. Meio Arrigo Barnabé(seu irmão), meio Punk, meio Titãs do Cabeça Dinossauro, mas melhor que esses, talvez, eu acho.

O livro do Rafael Campos Rocha "Deus, essa gostosa". Assim como os zines desse cartunista é um livro muito bom. Pretendo fazer a série "Jesus, essa bichona", inspirada nos quadrinhos do Rafael.

O livro Refluxo do meu amigo e ex-amante, opa, quer dizer, ex-namorado, opa, peraí, ex-companheiro de Miséria, agora sim! ufa!,  Batata Sem Umbigo. Ainda não li mas fica o jabá.

Qualquer zine meu é muito bom também. Para comprá-los entre AQUI e veja.


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NESSE NATAL DÊ CANCRÓPOLIS DE PRESENTE PARA FAMÍLIA!!!

Faça sua tia alienada ficar deprimida!!!

Faça seu tio reacionário tornar-se um homem mais rancoroso!!!

Irrite seu primo almofadinha!!!

Desperte a culpa cristã que há no coração de todos nós!!!

escreva pra zinedojao@gmail.com e encomende seu zine!!

(solo de guitarra)

(Ó MEU BRASIL!!!!!)